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OneeChanbara Origin – A Ressurreição Sangrenta da Franquia no PS4


Introdução

Lançado originalmente em 2020 pela D3 Publisher, OneeChanbara Origin chegou ao PlayStation 4 como um remake completo dos dois primeiros jogos da série OneeChanbara, que fizeram sucesso (e polêmica) no início dos anos 2000 no Japão.

Misturando ação hack and slash, violência estilizada, fan service e visual anime, o jogo entrega uma experiência caótica, rápida e repleta de sangue — literalmente. Com gráficos modernizados e uma história recontada para o público atual, Origin é uma reintrodução eficiente para novos jogadores e uma boa dose de nostalgia para os veteranos da franquia.


Enredo: sangue, irmandade e vingança

A trama de OneeChanbara Origin é uma fusão das histórias de OneeChanbara Z: Kagura e The OneeChanbara originais, recontadas com uma narrativa mais coesa. O jogo acompanha Aya, uma caçadora de zumbis que vaga por um Japão devastado, armada com sua icônica katana e vestida com seu famoso traje de vaqueira minimalista.

Aya é atormentada pelo passado e pelo conflito com sua meia-irmã, Saki, que também é uma guerreira poderosa, mas guiada por um destino sombrio. Ambas compartilham um sangue amaldiçoado que, quando desperta, concede poder sobre-humano, mas as aproxima da loucura e da morte.

O enredo gira em torno da vingança familiar, da luta interna entre humanidade e monstro, e de um mundo tomado por mortos-vivos — um pano de fundo clássico, porém apresentado com ritmo acelerado e muito estilo.


Jogabilidade: pura pancadaria estilosa

A essência de OneeChanbara Origin está em seu combate frenético, com foco em reflexos rápidos e combos cinematográficos. A jogabilidade segue o formato tradicional do gênero hack and slash, com elementos de ação e toques de RPG.

Principais mecânicas:

  • Combate ágil e dinâmico: o sistema é baseado em ataques leves e pesados que podem ser encadeados em combos devastadores.

  • Troca entre personagens: é possível alternar entre Aya e Saki durante o combate, aproveitando diferentes estilos e habilidades.

  • Modo Berserk (Transformação): ao acumular sangue suficiente dos inimigos, a personagem entra em um estado demoníaco, aumentando drasticamente seu poder, mas perdendo controle gradualmente.

  • Manutenção de armas: a katana acumula sangue dos inimigos e, se não for “limpa”, fica mais lenta e menos eficaz — obrigando o jogador a equilibrar ofensiva e manutenção.

  • Sistema de progressão: com o avanço da história, é possível desbloquear novas habilidades e ataques especiais, permitindo customização de estilo de luta.

Embora a base seja simples, a fluidez das animações e o impacto dos golpes tornam o combate muito satisfatório, especialmente em lutas contra chefes.


Visual e design artístico

Um dos maiores atrativos de OneeChanbara Origin é sua releitura visual. O jogo abandonou o realismo datado dos títulos antigos e adotou um estilo cel shading anime, que combina muito bem com o tom exagerado e estilizado da série.

As personagens são detalhadas, as animações são fluidas, e os efeitos de sangue — abundantes — complementam o visual caótico. As cenas de corte são bem dirigidas e lembram produções de anime de ação, reforçando a estética “superestilizada” que a franquia sempre teve.

Os cenários, no entanto, são o ponto mais simples: arenas e corredores repetitivos que servem mais como palco para a pancadaria do que como locais memoráveis.


Trilha sonora e dublagem

A trilha sonora combina músicas eletrônicas aceleradas, batidas rock e temas orquestrados em momentos de tensão. A trilha cumpre bem o papel de embalar o ritmo intenso de combates.

As vozes (em japonês) estão bem interpretadas, e os efeitos sonoros — cortes de espada, gritos e explosões — são impactantes, ajudando na imersão da pancadaria.

No PS4, o jogo roda de forma estável, com taxa de quadros consistente e tempos de carregamento curtos, o que reforça a fluidez da experiência.


Pontos positivos

  • Combate rápido e responsivo: fácil de aprender, difícil de dominar — perfeito para quem gosta de ação direta.

  • Visual estilizado em cel shading: uma atualização estética muito bem-vinda para a franquia.

  • Personagens carismáticas: Aya e Saki têm personalidades marcantes e boas interações.

  • Modo Berserk viciante: ver a transformação e o caos subsequente é um dos momentos mais empolgantes do jogo.

  • Performance estável no PS4: fluidez impecável durante as lutas, mesmo em cenas com dezenas de inimigos.


Pontos negativos

  • Repetitividade: apesar do combate divertido, o jogo repete inimigos e cenários com frequência.

  • História simples e curta: a campanha principal dura cerca de 6 a 8 horas.

  • Fan service excessivo: o estilo visual e as roupas das personagens podem não agradar todos os públicos.

  • Pouca exploração: o foco total na ação faz o jogo parecer linear.

  • Missões secundárias pouco inspiradas: muitas são apenas variações de “derrote X inimigos”.


Para quem é o jogo?

OneeChanbara Origin é ideal para:

  • Jogadores que curtem jogos de ação rápida como Devil May Cry ou Bayonetta.

  • Fãs de animes e estética japonesa que apreciam combates estilizados e exagerados.

  • Nostálgicos da franquia original que querem ver Aya e Saki reimaginadas com visual moderno.

  • Quem busca um jogo curto e direto, sem sistemas complicados.


Conclusão

OneeChanbara Origin é um retorno digno para uma das séries de ação mais peculiares do Japão. Ele entrega o que promete: velocidade, sangue e estilo.

Mesmo com limitações técnicas e narrativa simples, é um jogo divertido para quem busca pancadaria pura e visual chamativo. Um verdadeiro guilty pleasure que mistura anime, violência e atitude — sem pedir desculpas por isso.

Se você quer uma experiência de ação leve, frenética e visualmente marcante no PS4, OneeChanbara Origin é uma ótima pedida.


Nota Final: 7.5 / 10

Um hack and slash vibrante e estiloso, com alma de anime e coração sanguinário. Curtíssimo, mas satisfatório para quem sabe o que procura.

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